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quinta-feira, 14 de março de 2013

PORQUE NÃO SOMOS ZEBRAS



O sentimento de religar-se com o sobrenatural, com o metafísico, o eterno, enfim, com aquilo que nos transcende deve (com a licença da redundância) transcender a institucionalização e comercialização da fé. Só então a humanidade, efetivamente, dará um passo significativo em direção a uma evolução real de costumes e a uma vida melhor. 


Toda nossa evolução tecnológica e intelectual de nada serviu  (ou pouco serviu) para instaurar em nossos espíritos coisas tão simples como tolerância, amor e respeito às diversidades. É preciso entender que a coletividade é feita de indivíduos únicos (nova redundância, posto que indivíduo é aquele que não pode ser divivido) e igualmente importantes em suas distinções, quaisquer que sejam elas: cor, etnia, religião, orientação sexual, cultura, profissão, nível intelectual, condição financeira etc.


Aliás, o que garantiu a evolução tão assustadoramente rápida da espécie humana foi, especialmente, a sua variedade de ações, ideias e culturas. Entretanto, O homem, por razões vãs, vem, nos últimos séculos ou milêncios (principalmente com o avanço do cristianismo), buscando, de forma absolutamente incoerente e estúpida, eliminar a diversidade que o tornou dono e senhor do mundo.

Ser diferente é o que nos tornou diferentes.

Enquanto todas as zebras são idênticas (em princípio, pelo menos) em sua aparência e em seu comportamento - e por isso são apenas zebras e não Doutoras Zebras ou Excelentíssimas Zebras - nós somos diferentes uns dos outros. 
Ainda bem!


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