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terça-feira, 22 de abril de 2014

XADREZ




E de onde virá esta necessidade whisky de pensar?
De onde vem este meu desejo inca de ser mais?
Por que não me valem meus dias vadios?
Meus dias vazios - por que não me velam?

Ando doido a catar cataventos e vaginas
Ando afoito querendo saber quem é Luther King
no jogo do bicho
no jogo de xadrez da toalha da mesa

Ando tonto de não acreditar em nada
de tanto não saber piada
nem saber rir da palhaçada
de ser cidadão de bem 
- útil, trabalhador:
enfermo de civilidade
enfermo de cidadania...

De onde virá este trambolho cinza
em mim,
que não me deixa deitar na cama
ouvir Sinatra e dormir pelado...
simplesmente?
Por que preciso ser o homem
que escova dentes, que corta unhas,
que faz a barba?
E não só o que se masturba
gostoso
antes do sono
que goza sozinho, egoísta
assim como nasceu um dia
e como há de morrer uma noite...






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